Por imagens de celular gravação mostra estupro coletivo

Um vídeo gravado em um celular, em que uma adolescente de 13 anos aparece usando drogas, ingerindo bebidas alcoólicas e sendo vítima de um estupro coletivo, será investigado pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa). A gravação do fato, que teria ocorrido em um mangue que estaria abrigando uma ´cracolândia´, no bairro Vila Velha (zona Oeste da Capital), chegou ao conhecimento das autoridades depois que um familiar da adolescente foi até a 5ª Vara da Criança e do Adolescente e fez a denúncia.

O juiz Manuel Clístenes, da 5ª Vara da Infância e da Juventude, se mostrou particularmente impressionado com o caso, que qualificou como ´lamentável´. As imagens foram encaminhadas à Dececa, onde serão investigadas 

Segundo o juiz responsável pela 5ª Vara, Manuel Clístenes de Façanha e Gonçalves, a garota vítima do abuso sexual e da divulgação da violência, já tinha cometido atos infracionais e descumpria totalmente a medida de liberdade assistida aplicada.

De acordo com Gonçalves, os familiares disseram estar bastante constrangidos com a situação, já que as imagens foram largamente repassadas no bairro onde moram. Na gravação, a garota aparece inicialmente colocando um pó branco, supostamente cocaína, em um objeto para que seus companheiros inalem. No decorrer da gravação, comentários do tipo "dá mais bagulho para ela, senão ela vai embora", podem ser ouvidos.

Depois de estar visivelmente alterada pelas drogas e pelo álcool que consumira, a adolescente mantem relações sexuais com, pelo menos, quatro homens. Segundo Manuel Clístenes, a situação configura um estupro vulnerável, mesmo tendo sido consentido. "No vídeo, dá para perceber que ela consente, mas como tem menos de 14 anos, considera-se estupro. Familiares dela afirmaram que estão sendo ameaçados de morte pela garota, que tem envolvimento com traficantes. O que pude perceber é que ela tem mesmo comportamento agressivo".

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